Regresso a África para conquistar títulos no Étoile

O treinador português Jorvan Vieira assinou com Étoile du Sahel, equipa que disputa a I Liga da Tunísia, contrato válido até final de Junho, com opção de renovação por mais uma temporada.

Vieira vai ter o compatriota João Silvano como treinador-adjunto depois de, em 2018/2019, terem representado o Ismaily, na I Liga do Egipto, e Al-Ittihad, no principal campeonato dos EAU. Em Portugal, Silvano totaliza 6 épocas e meia na formação do Vitória de Setúbal.

“É um prazer e uma honra estar aqui para defender as cores do Étoile e, ao mesmo tempo, uma grande responsabilidade. Fui jogador de futebol, continuei a estudar e prossegui a carreira como preparador físico para depois tornar-me treinador. Actualmente, totalizo 21 clubes e seis selecções. Parei muito jovem como atleta, por imposição da minha mãe – ficara sem pai – para frequentar o curso de medicina, mas conciliei-o com o futebol, o que é sempre difícil. A minha mãe trabalhava bastante para pagar os meus estudos. Comecei como treinador no Brasil, na Portuguesa do Rio de Janeiro, na I Divisão do Estadual, onde ainda compete. Fui para Omã, Qatar e outros países árabes, como Iraque, Egipto e Marrocos. Conquistei o título de campeão da Ásia com a selecção iraquiana, em 2007, e o estatuto de vice-campeão do Irão, ao serviço do Sepahan, tal como o primeiro lugar com o Zamalek, na I Liga do Egipto, e na Liga dos Campeões de África como director técnico do Al-Wydad, de Casablanca, e como adjunto do FAR”, referiu o experiente treinador, em conversa com o departamento de comunicação do conjunto norte-africano.

Ao serviço da selecção A de Marrocos, Jorvan Vieira assumiu as funções de treinador-adjunto no Mundial de 86, tendo sido primeiro classificado na fase de grupos, ao derrotar Portugal por 3-1. Neste país, liderou tecnicamente a selecção olímpica durante quatro anos, registou três primeiro lugares e o mesmo número de taças. Na I Liga de Portugal, integrou a equipa técnica liderada por Parco Fortes que conduziu o Farense ao quinto posto, na temporada 94/95 e, por consequência, à Taça UEFA.

“Grande clube só pode ganhar”

“O Étoile é um clube de respeito, com grande imagem no continente africano e no mundo árabe. Foi a primeira coisa que me atraiu – tinha outras propostas de vários países -, depois do convite do vice-presidente Zoubier Baya, porque me dá a possibilidade de fazer o que gosto. Ou seja, ganhar. Venho aqui para fazer o meu melhor: o Étoile não vai vencer todos os jogos, mas é o espírito de vitória que quero no grupo de trabalho. É um grande clube e um grande clube só pode ganhar”, acrescentou Jorvan Vieira, que espera, nesta missão, o apoio dos adeptos, não só a nível interno, mas, também, para projectar o clube tunisino internacionalmente.

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