Jorvan Vieira explica, na edição de hoje do prestigiado diário Marca, a forma como o clima de alta tensão pode afectar o futebol dos países do Golfo Pérsico, incluindo o Iraque, cuja selecção treinou e se destacou para conquista da Taça da Ásia em 2007.
“O que está acontecer entre o Irão e os EUA é conflito muito complicado, porque afecta não só o Iraque, mas todos os países do Golfo Pérsico em geral.
Por exemplo, o Irão anunciou em diversas emissões televisivas que ia lançar bombas sobre os Emirados Árabes Unidos, onde vivo actualmente, porque sabem que são aliados dos Estados Unidos.
Infelizmente, o futebol no Iraque está há muito tempo afectado há muito tempo por problemas externos e por incerteza política e estratégica dos Estados Unidos. É uma pena que aconteça esta situação actualmente, porque os estádios estão cheios de paixão e os adeptos vivem o futebol com muita intensidade. Em 2015, recordo que os estádios estavam sempre com mais de 20 mil pessoas nas partidas da Liga.
Há pouco tempo que a FIFA pediu a realização de partidas no seu território. Agora, o pior é que o conflito pode pior o futebol na região, com o Iraque sempre no meio. Além do futebol do Iraque, mas também os restantes países do Golfo Pérsico e o seu futebol.
A realidade é que estes países estão a viver em cima de uma bomba relógio que pode explodir a qualquer momento. Então, acredito que os jogadores têm uma grande preocupação para viver uma vida normal, básica, sobretudo no Iraque.
Oxalá que num futuro próximo a tensão possa diminuir e acabem por solucionar os problemas para bem do Iraque”.